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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desejo de mundo

Uma metáfora de gente; brinca ele com seu largo sorriso na perplexidade de suas idéias, sem fazer questão de ser entendível ou não. Imerso no seu mundo paralelo, onde existem tantos universos, a sua realidade não passa de uma alucinação.

Há dias que sim, há dias que não, nunca em um padrão concreto, faz da vida uma insana experiência em que ser ultrapassa os limites do cabível. Quem não o conhece jamais esperaria tamanha surpresa, e quem o conhece sabe que jamais o conhecerá por inteiro. Talvez tenham dias em que sequer ele se reconheça. Menino maroto, garoto esperto, será algum dia um homem feito? No meio de tantas facetas se engrandece nos momentos em que mostra que valiosa é a sua amizade, e que do seu jeito meio que sem jeito ele gosta e se preocupa com aqueles que pertencem à sua vida.

Não é de todo mal, aliás, de mal nenhum. Não sabe bem o que falar, mas suas atitudes o fazem uma pessoa de bem que procura ser sempre melhor, trazer o melhor e fazer melhor. O que ele faz nunca é mal feito, ou quase nunca, pois o que ele gosta, ele gosta muito. Ele é livre e tem desejo de mundo. Tem os braços abertos como quem não tem medo de ter medo um dia. Viver a vida para ele não passa de um malabarismo, pode até parecer complicado, mas no fundo o movimento é simples. Tudo é simples, não venha com problemas aos seus olhos quase miúdos, ele não vai se importar.

Por trás de tanta informação há uma simpleza de alma. Conviver ao seu lado não é tarefa difícil, basta não tentar entender, mesmo porque entender não se faz necessário. Só ele é capaz de entender a sua loucura e fazê-la parecer sã.

Ele é uma verdade perdida no meio de tantas mentiras, verdadeiro em todos os seus sentidos, extremo em suas vontades, intenso nos seus momentos, vive das paixões momentâneas e dos prazeres ilícitos. É um grande coração que bate no mundo com a voracidade de uma criança que tem a vida para descobrir. E quando abre o seu sorriso tão sincero a sua malícia quase que se perde na inocência de um garoto que não se preocupa se é certo ou errado, mas que é o que é, simplesmente.

Ver todas as suas mudanças, suas metamorfoses, lembrar daquele que foi um dia e conhecer o que é hoje, imaginar como será amanhã, é trazer o convívio com tantos dentro de um. Mas no fundo ele será sempre o mesmo, aquele que a gente reconhece de longe, mesmo quando ele está longe, vendo o mundo do alto; continua o mesmo, você sabe por que você sente.

Brinca com o fogo, fazendo de si o seu sol, cuspindo a vida de seus pulmões em uma labareda acesa, trazendo para fora a imensidão da sua alma. Segue teu caminho menino vadio, e mantém acesa a luz com que brincas assim iluminará para sempre a tua e as nossas histórias.